quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Darwin no Rio - "Darwin in Rio"

Agora os preparativos para o Rio estão intensos. Só para dar uma inspirada, separamos alguns trechos do livro:

Viagem de um naturalista ao redor do mundo - Charles Darwin, Editora Abril Cultural

e estamos nos deliciando com os relatos de Darwin sobre o Rio em abril de 1832. Só bastou a ele olhar um pouquinho mais para os inselbergs. Sentimos falta de descrições maravilhadas sobre as bromélias, os cactos, as orquídeas...
Bem, essa tarefa terá que ser nossa :)



"Todos já ouviram falar da beleza do cenário da baía de Botafogo. A casa em que me hospedava estava situada bem debaixo da conhecida montanha do Corcovado. Com muita verdade afirma-se que os morros cônicos e abruptos são as características da formação a que Humbold chamou de granito-gneiss. Nada mais admirável do que o efeito dessas colossais massas redondas de rocha nua emergindo do seio da mais luxuriante vegetação. Muitas vezes me entretinha a olhar as nuvens, que, rolando sobre o mar, vinham formar um manto logo abaixo do ponto mais elevado do Corcovado. Como muitas outras, esta montanha, quando parcialmente velada, parecia erguer-se a uma altura mais nobre do que a realidade possui: seiscentos e noventa metros." (pág.10)

"Visitei, um dia, o Jardim Botânico onde cresciam plantas muito conhecidas pela grande utilidade de suas propriedades. As folhas de cânfora, da pimenta, da canela e do cravo, desprendiam um aroma muito delicioso, e a fruta-pão, a jaca e a manga disputavam entre si a primazia da magnificência da folhagem."(pág.11)

"Em outra ocasiao, tendo partido cedo, andei até a montanha da Gávea. O ar estava deliciosamente fresco e fragrante, e as gotas de orvalho brilhavam ainda sobre as grandes liliáceas que cobriam com sua sombra a água clara dos riachos. Sentei-me sobre um bloco de granito e desfrutei alguns instantes vendo passar a voar perto de mim um sem-número de insetos e pássaros. Os colibris parecem gostar imensamente destes recantos sombrios e solitários. Sempre que via uma dessas criaturinhas sussurrar em torno de uma flor, escondendo as asas no célebre adejar, lembrava-me da mariposa-esfinge, cujos hábitos e movimentos são, em muitos aspectos realmente semelhantes."(pág.11)

Para ler mais sobre a visita de Darwin ao Brasil, acesse: http://www.dw.com/pt-br/o-que-charles-darwin-viu-no-brasil/a-39837311

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